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Redefinindo a Arte -

Embora o artista francês Marcel Duchamp tenha sido creditado no início do século 20 por ter quebrado as fronteiras entre obras de arte e objetos do cotidiano, no ano de 2002 o significado tradicional da palavra artetinha se expandido amplamente. A arte no início do século 21 não se limitava a pinturas e esculturas, mas abrangia uma variedade de mídias, incluindo vídeo, performance, instalação, trabalho digital na Internet e som. Algumas exposições de arte foram até desprovidas do que muitos consideravam qualquer arte no sentido tradicional. Uma mostra realizada na Inglaterra em 2001, intitulada “Exposição a ser construída em sua cabeça”, apresentou apenas o que os artistas chamam de “espaço negativo”, legendas escritas que desafiavam os visitantes a imaginar as obras de arte perdidas. Mais tarde naquele ano, uma instalação do artista britânico Damien Hirst, consistindo em cinzeiros cheios de pontas de cigarro, garrafas de cerveja vazias, embalagens de doces e materiais de arte, foi desmontada por um zelador bem-intencionado que confundiu a coleção com lixo.A ação gerou uma discussão animada sobre o que é arte e o que não é, que a porta-voz da galeria Mayfair, Alison Smith, declarou ser "sempre saudável".

Ainda mais polêmica foi uma exposição anatômica inaugurada em março de 2002 na Atlantis Gallery, em East London. Lá, vários cadáveres humanos estavam em exibição - incluindo os de um salto com vara, uma dançarina, uma mulher grávida, um jogador de basquete e um ciclista. As formas foram preservadas por uma técnica chamada plastinação, e algumas delas foram modeladas para simular o movimento.

Um caleidoscópio de formas de arte de ponta - ou o que alguns consideraram impostores ultrajantes - foi apresentado em galerias de todo o mundo em 2002 e também em vários locais de destaque, incluindo a Bienal de Sydney (Austrália); Documenta 11, realizada na Alemanha; Expo.02, na Suíça; e o 2002 Whitney Biennial, New York City. Ninguém sabia que nova direção a arte estaria tomando.

Karen J. Sparks é editora do Yearbooks. Karen Sparks
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